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quarta-feira, 18 de abril de 2012

BOTAFOGO SE AGARRA NO REGULAMENTO, EMPATA COM GUARANI E VAI ÀS OITAVAS




A campanha, até aqui, está muito longe de ser a dos sonhos do torcedor. Mas com o terceiro empate em quatro jogos na Copa do Brasil, desta vez um morno 0 a 0 com o Guarani, na noite desta quarta-feira, no Engenhão, o Botafogo se classificou às oitavas de final da competição. A vantagem adquirida em Campinas - vitória por 2 a 1 - garantiu ao time carioca que entrasse em campo apoiado no regulamento. E deu certo, embora não tenha agradado ao pequeno público que compareceu ao estádio.



Na próxima fase, o adversário é o Vitória, que superou o ABC, de Natal, também nesta noite - a CBF sorteia a ordem dos jogos de ida e volta nesta quinta-feira, quando divulgará também as datas das partidas. O Botafogo volta a campo no próximo sábado, quando enfrenta o Bangu, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão, pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. O Guarani, por sua vez, encara o Palmeiras, domingo, às 18h30m, no Brinco de Ouro da Princesa, pelas quartas de final do Paulistão.
herrera botafogo x guarani (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)


O início alvinegro prometia. Com muita vontade, o time de Oswaldo de Oliveira dominou as ações nos primeiros cinco minutos. A tendência de forçar o lado esquerdo, pelas características mais defensivas do volante Lucas Zen, improvisado na lateral direita, ficou clara bem cedo, e Márcio Azevedo foi um dos mais acionados.
O pecado do Botafogo, no entanto, viria a se tornar a tônica da primeira etapa. A posse de bola se refletiu em muitos cruzamentos, mas com raras conclusões - Loco Abreu, nervoso, assistia ao jogo do banco de reservas, de onde incentivava e até a orientava os companheiros que estavam em campo. Já o Bugre, quando chegava, dava trabalho a Jefferson.
Em seis oportunidades, os paulistas acertaram o gol; os cariocas, apenas duas vezes. Com Fumagalli e Danilo Sacramento armando, e Fabinho imprimindo velocidade pelas pontas, o Guarani mostrava a organização ofensiva que lhe deu nada a quarta posição na fase classificatória do Paulistão.
Foi de um lance casual, porém, que saiu a chance mais importante - e esquisita - da equipe de Vadão, aos 36. O lateral Oziel, ex-Botafogo, errou o cruzamento e carimbou o travessão. A torcida do Botafogo dava sinais de impaciência, mas não escondia sua vontade de empurraro time para frente. A cada desarme ou virada de jogo precisa, aplausos eram ouvidos no Engenhão.
Até que, aos 44 minutos, Herrera, até então apenas esforçado, fez jus ao seu antigo apelido e desperdiçou o gol que daria a tranquilidade: após bola da direita, Fellype Gabriel cabeceou na trave. Na sobra, o argentino se ajeitou, escolheu o canto esquerdo e mandou para fora, mesmo estando entre a linha da pequena área e a marca do pênalti.
Etapa final de administração
Com o apito final, um princípio de vaias foi rapidamente abafado por gritos de incentivo. Mas o segundo tempo não foi nada do que a galera esperava. Com menos ímpeto, o Glorioso recuou e pagou para ver. O Guarani se assanhou, mas seguiu insistindo em bolas cruzadas, sem sucesso. Os contragolpes alvinegros também não encaixavam, e a partida ficou morna.
Com a necessidade de vitória por pelo menos dois gols de diferença, Vadão tratou de mexer: sacou Fumagalli e Favone para as entradas dos atacantes Ronaldo e Thiaguinho. Nada que surtisse efeito, no entanto. Aos poucos, o time mandante melhorou, mas ainda com dificuldade em concluir. Elkeson, o mais acionado, reclamou de pênalti de Domingos e perdeu duas oportunidades.
Oswaldo também fez substituições, mas para segurar o resultado, que já não agradava ao público, mas lhe dava a vaga. Pedido pelos torcedores, Maicosuel entrou e melhorou o Alvinegro, levando perigo na frente. Brinner e Gabriel também foram para o campo, nos lugares de Elkeson e Lucas Zen. E nada de Loco Abreu. Sem forças, o Bugre se entregou.

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