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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Com Messi e Neymar, Barça humilha Santos em ritmo de brincadeira

Ex-santista começa no banco, entra no intervalo e joga apenas 16 minutos ao lado do argentino em nova goleada histórica do Barcelona sobre o Peixe

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
Neymar comemoração jogo Barcelona e Santos (Foto: AFP)
Neymar, Messi & Cia comemoram um dos oito gols do
Barcelona (Foto: AFP)

Show. Espetáculo. Brincadeira. Aula. Dê o nome que quiser ao reencontro de Neymar com o Santos. Todos eles definem perfeitamente o que foi a goleada do Barcelona por 8 a 0 em cima do Peixe, nesta sexta-feira, no Camp Nou, na disputa do Troféu Joan Gamper. Pareciam profissionais contra amadores. Não à toa, foi a maior goleada da história do torneio.
Reforçado por Neymar apenas no segundo tempo, o time catalão dominou completamente a partida do início ao fim. O craque brasileiro e o gênio Messi atuaram somente 16 minutos juntos. As chances do Santos foram raras, quase inexistentes. O time do Peixe parecia completamente perdido na festa catalã, com 81 mil pessoas no estádio para a apresentação oficial do elenco do Barça para a temporada 2013/2014.

Desta vez, o time catalão precisou de apenas 28 minutos para repetir o placar que lhe deu o título do Mundial de Clubes da Fifa de 2011, contra o mesmo Santos. À época, após o jogo, Neymar declarou que o Peixe teve uma aula e que o Barcelona tinha ensinado como se joga futebol. Sorte dele estar agora do lado dos que ensinam.

Do banco de reservas, no primeiro tempo, o atacante aplaudiu. No segundo, esteve em ação. Mas não deixou a sua marca contra o seu criador. Deu uma assistência para um dos gols de Fábregas e tentou algumas jogadas de efeito pelas pontas, com dribles e arrancadas. Sua melhor chance veio no fim - um chute no travessão.
4 a 0 com menos de 30 minutos
Sentado no banco de reservas do Camp Nou, Neymar viu mais um show do Barcelona contra o Santos. Só que desta vez o atacante pôde aplaudir e comemorar. Principal reforço do time catalão para a temporada, o ex-santista viu seus novos companheiros brincarem com o Peixe.
A goleada do Barça começou a ser construída aos sete minutos, com a assinatura de Messi. O argentino recebeu a bola de Pedro, deixou Aranha no chão e tocou para o fundo do gol. Aos 11 minutos, o Peixe fez um gol... contra! Depois de cruzamento de Daniel Alves, o lateral Léo desviou e encobriu o goleiro santista.

De gol em gol, a transmissão da televisão mostrava as reações de Neymar. O garoto aplaudia o Barcelona. O atacante voltou a comemorar aos 21 minutos, quando Alexis Sánchez trocou passes com Messi e ampliou. Aos 28, em linda jogada, Sánchez tocou para Alba, que cruzou para Pedro fazer o quarto.
Em pé, aplaudindo, Neymar balançou a cabeça em sinal de aprovação. Para o Barcelona, é claro. Porque o Santos era uma pura decepção. Presa fácil para o time catalão, o Peixe não reagiu. Parecia uma partida de adultos contra crianças. Sem exagero.

A única tentativa do Santos foi em chute de Galhardo, aos 32 minutos. Mas a bola passou longe, bem longe do gol. Com o passar do tempo, o Barcelona fez a partida parecer cada vez mais brincadeira. Os jogadores do time catalão trocavam passes com certa displicência, como se pudessem fazer gol a qualquer hora. E podiam.
A principal novidade de Tata Martino para o segundo tempo foi justamente Neymar. Depois de aplaudir a atuação do Barcelona no primeiro tempo do banco de reservas, o atacante tinha, então, a oportunidade de fazer parte do show. Bem contra o time que o projetou nacional e internacionalmente no futebol.


Neymar jogo Barcelona e Santos (Foto: AFP)
Neymar passa pela marcação de Arouca (Foto: AFP)

Neymar entra, e o baile continua
Buscando o jogo e partindo para cima dos zagueiros santistas, Neymar procurou ser participativo. No quinto gol do Barcelona, aos sete minutos, ele não teve colaboração, mas correu para abraçar Fábregas, que chutou sem chance para Vladimir, substituto do goleiro Aranha no gol do Peixe.
Com os times bem modificados em relação ao primeiro tempo, o Barcelona continuou superior em campo. Mas não tanto quanto antes. O problema é que o Santos não encontrou forças para ir adiante. E receoso, também, preferiu não se arriscar e levar uma goleada ainda maior.

Não teve jeito. E Neymar ajudou a afundar o Santos. Aos 22, o atacante deu ótima assistência para Fábregas marcar o sexto do Barça. Com o Santos entregue ao show do Barça, o sétimo gol era apenas questão de tempo. E saiu aos 29 minutos, em chute do brasileiro Adriano, de fora da área. Um golaço no ângulo.
Deu tempo ainda de o Barça fazer o oitavo, com Dongou, aos 37, e de Neymar chegar bem perto de deixar o seu contra o ex-time. O chute do atacante brasileiro, aos 43 minutos da etapa final, no entanto, acertou o travessão de Vladimir. Ele, portanto, não teve que comemorar um gol seu contra seu criador.
Menos mal para o Santos...
barcelona 8 x 0 santos
Victor Valdés (Pinto); Daniel Alves (Montoya), Piqué (Bartra), Mascherano (Bagnack) e Jordi Alba (Adriano);  Busquets (Song), Xavi (Sergi Roberto) e Iniesta (Fábregas); Alexis Sánchez, Pedro (Neymar) e Messi (Dongou). Aranha (Vladimir); Rafael Galhardo (Cicinho), Edu Dracena, Durval (Gustavo Henrique) e Léo (Mena); Arouca (Alan Santos), Cícero, Leandrinho (Léo Cittadini) e Montillo (Pedro Castro); Neilton (Giva, depois Victor Andrade) e Thiago Ribeiro (Willian José, depois Gabriel).
Técnico: Gerardo Martino Técnico: Claudinei Oliveira
Gols: Messi, aos sete, Léo, contra, aos 11, Alexis Sánchez, aos 21, e Pedro, aos 28 minutos do primeiro tempo; Fábregas aos sete, e aos 22, Adriano, aos 29, Dongou, aos 37 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Victor Andrade
Local: Camp Nou, Barcelona (Espanha)




quinta-feira, 28 de março de 2013

Com Neymar, Santos fica só no empate diante do Mogi Mirim

Craque volta após defender a Seleção, mas não decide e segue em jejum. Cícero e Giva marcam, mas Henrique e Wagninho definem o 2 a 2 na Vila
Fonte:Globosporte

Neymar jogo Santos Mogi Mirim  (Foto: Lucas Baptista / Futura Press)
De volta da Seleção, Neymar foi titular do Santos nesta quinta-feira
(Foto: Lucas Baptista / Futura Press)
Neymar e Montillo voltaram ao Santos após defenderem suas respectivas seleções, mas nenhum dos dois decidiu o jogo. O camisa 11, aliás, agora soma seis partidas em jejum de gols (dois pela Seleção e quatro pelo Peixe). Sem nada a ver com isso, o bom time do Mogi Mirim deu muito trabalho. E saiu da Vila Belmiro com um empate por 2 a 2, na noite desta quinta-feira, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Paulista.
O astro da Vila bem que tentou de todas as formas marcar, chegando até a acertar a trave. Mas o grande destaque santista foi Cícero, com um gol e uma assistência para Giva. Henrique e Wagninho, cria do São Vicente e que passou pelo futsal do Peixe, saiu do banco para dar números finais ao placar. O garoto, inclusive, tinha até torcida especial na arquibancada.

Com o empate, o Santos chega aos 29 pontos, na terceira colocação, enquanto o Sapão vai aos 27, logo atrás, na quarta posição.
Agora, o Peixe vai a Bauru enfrentar o Oeste, neste domingo, às 18h30m, no Estádio Alfredo de Castilho. O Mogi Mirim, por sua vez, enfrenta o São Caetano, no mesmo dia e horário, no Estádio Anacleto Campanella. As duas partidas são válidas pela 16ª rodada do Paulistão.

‘Lateral’ Arouca faz a diferença
Na volta de Neymar e Montillo, o que se esperava do Santos era uma pressão em cima do Mogi Mirim desde o início. E ela aconteceu, principalmente com marcação forte no campo de ataque. O resultado da tática adotada deu mais poder de desarme e criação ao meio, mas mas todos os lances acabaram mal concluídos por Giva e Arouca.
A partir dos 15 minutos, o Mogi Mirim começou a dar suas respostas, ainda que de forma tímida. Sem penetração pelas laterais, o jeito foi arriscar de fora da área. Em três oportunidades o Sapão tentou. Na mais perigosa delas, Val obrigou Rafael a pular para conferir a bola passando perto, mas para fora.
O Santos tentava criar pelas duas laterais, mas as melhores oportunidades saíram pela esquerda, com Léo e Neymar. O time até fez boas jogadas de linha de fundo pela direita, mas Bruno Peres, em péssima noite, errou todos os cruzamentos que tentou, irritando os torcedores santistas.
Justamente quando Arouca caiu pelo setor, o Peixe abriu o placar. Em bom lance de Giva, o garoto abriu para Montillo na direita, que passou para o volante. Consciente, ele cruzou na medida para Neymar ajeitar e Cícero, chegando de trás, fuzilar o goleiro Daniel, aos 42 minutos. Sem a confiança de Bruno Peres, coube a Arouca fazer a diferença.
Chuva e empate
Enquanto os dois times estavam no intervalo, uma forte chuva caiu na Vila Belmiro. A água não provocou poças no gramado, mas mudou o jogo. Logo aos seis minutos, o Sapão conseguiu o empate. E em uma falta desnecessária de Durval, na lateral esquerda da defesa. João Paulo cruzou com perigo para Lucas Fonseca desviar e Henrique, completamente livre, completar para o gol de Rafael. Falha geral da defesa santista.
O gol acendeu os dois times, que partiram em busca da vitória. Mas foi o Santos que novamente ficou à frente. O sonho de Giva virou realidade. O garoto de 20 anos, que atuou pela primeira vez como titular ao lado de Neymar, aproveitou a jogada do ídolo, passando pelos pés de Cícero, para marcar, aos 22 minutos.
Mesmo vencendo, o Santos seguiu martelando em busca do terceiro, principalmente com Neymar. Em três finalizações o astro levou perigo ao gol de Daniel, sendo a mais perigosa delas em uma falta que explodiu no travessão.
Quando tudo já parecia definido, mas o Sapão buscou o empate. Wagninho, cria do São Vicente, time da Série A-3 do Paulistão, substituiu Roni e aproveitou bobeira pelas costas de Guilherme Santos, que entrou no lugar de Léo. Sem dó, o garoto de Cubatão fuzilou Rafael, aos 34 minutos. Na arquibancada de visitante, três faixas o desejavam sorte. Deu certo.
A pressão seguiu intensa dos dois lados, mas o placar não saiu do 2 a 2.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Solitário, Neymar celebra 21 anos na concentração da Seleção em Londres

Atacante santista posta foto em rede social para comemorar seu aniversário


Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra
46 comentários
Neymar celebra aniversário (Foto: reprodução)
Neymar celebra aniversário (Foto: reprodução)
Sozinho num quarto de hotel em Londres, na concentração da seleção brasileira, o atacante Neymar postou, por volta das 22h20 desta segunda-feira (horário de Brasília), uma foto para celebrar seu aniversário de 21 anos.
Com a legenda "aqui já passa da meia-noite", acompanhada por desenhos de um bolo e um chapéu de aniversário, o craque fez com as mãos os sinais de "2" e "1".
Neymar está concentrado com a seleção para o primeiro amistoso na nova era Luiz Felipe Scolari - o jogo será na quarta-feira, às 17h30 (de Brasília), contra a Inglaterra, no lendário estádio de Wembley.
Na chegada a Londres, num rápido contato com os jornalistas, o camisa 11 revelou que teve pouco tempo para conversar com o técnico Luiz Felipe Scolari, a quem chamou de "paizão".
- É um paizão. Um cara de grupo, que trata todos de uma maneira muito positiva. Já joguei contra, mas nunca trabalhei. Será a primeira vez. Será uma honra. Conversamos um pouco no voo, trocamos ideias, falamos do clássico (o Santos venceu o São Paulo por 3 a 1), mas não falamos da Seleção - afirmou o atacante, admitindo que algumas situações de jogo e da equipe mudam com a troca de treinador.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Em jogo caótico, São Paulo é campeão da Copa Sul-Americana

Portal TerraDassler Marques

Apoiado por Ceni, Lucas ergueu a taça da Copa Sul-Americana e completou a festa no Morumbi
Apoiado por Ceni, Lucas ergueu a taça da Copa Sul-Americana e
completou a festa no Morumbi
Teve balão e faixa com caricatura na entrada no gramado. Teve grito especial da torcida. Teve choro e dancinha. Teve sangue, de verdade. Também teve gol e assistência. E teve, principalmente, o título de campeão da Copa Sul-Americana para o São Paulo. Aos 20 anos e de saída, Lucas mostrou por que deixará saudades. Um adeus que ele construiu com atuação de gala na caótica final de 45 minutos contra os argentinos do Tigre, na noite desta quarta-feira, diante de 67 mil torcedores no Morumbi. Só não teve segundo tempo...
Sem Luís Fabiano, suspenso, e com uma silenciosa liderança  de Rogério Ceni, pouco ameaçado pela modesta equipe argentina, o Morumbi se transformou em palco de só um protagonista. Lucas, o jogador mais caro da história do futebol brasileiro e negociado por 43 milhões de euros (R$ 116 mi na cotação atual) com o Paris Saint-Germain, estava à vontade. Ao pisar no gramado, mostrou emoção. Mas estava compenetrado, com olhar atento.


Foi por isso que, aos 22min, deu sua prova de maioridade internacional. Osvaldo iniciou contra-ataque, a bola passou por Willian José, e Jadson foi travado. Mas Lucas estava por ali para dominar com estilo, cortar o marcador e estufar as redes com seu pé esquerdo. Foi apenas o segundo gol de canhota em 2012. Pouco diante de outros 14 marcados de direita. Muito para os são-paulinos.
Lucas se ajoelhou para vibrar, concentrado, e só relaxou mesmo na hora de embalar uma dancinha próximo à bandeira de escanteio, com Wellington. Mas a bola voltou a rolar e queria mais: aos 27min, achou Osvaldo livre entre os zagueiros e serviu para o São Paulo encontrar a tranquilidade no placar. Mas não a paz de verdade.
Irritados, os jogadores do Tigre exageraram e Lucas virou o alvo preferido de seu xará, o lateral esquerdo Lucas Orban. Na marcação pessoal ao camisa 7, ele já havia pisado nas costas e na sequência voltou a apelar. Lucas tentou o drible, Orban deixou o braço e, com o cotovelo, tirou sangue do nariz do são-paulino. Seria o estopim para uma final sem segundo tempo.
Na saída para o gramado e com 2 a 0 de vantagem, Lucas retirou algodão do nariz e, à distância, exibiu seu sangue para Orban. O gesto, ainda que não tenha sido acintoso, irritou os jogadores do Tigre. O goleiro Albil partiu em disparada na direção de Lucas, que foi protegido por Wellington. Era o início de uma confusão que se ampliaria no vestiário da equipe visitante no Estádio do Morumbi.
A caótica e vitoriosa despedida de Lucas, de certa forma pivô da confusão, acabou após 45 minutos. Longe da forma como ele poderia imaginar, mas com o título e uma atuação de gala no Morumbi. E o lugar cativo no coração dos torcedores são-paulinos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lucas resolve na bola, e São Paulo é campeão após abandono do Tigre

Tossiro Neto e Gabriel Carneiro São Paulo (SP)
Do:R7
O São Paulo amansou o Tigre rapidamente na noite desta quarta-feira e abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com um gol e assistência de Lucas, que fazia sua última partida com a camisa tricolor. Uma confusão generalizada no intervalo, no entanto, levou o time argentino a se recusar a retornar ao gramado do Morumbi, sob a alegação de que não tinha segurança para continuar, e o time brasileiro foi declarado campeão sem precisar disputar os últimos 45 minutos do confronto.
O tumulto ocorreu após o apito final da primeira etapa. Lucas mostrou a Orban o algodão ensanguentado que usava no nariz depois de levar uma cotovelada dele aos 37 minutos – não advertida pelo árbitro. Jogadores dos dois times, inclusive os reservas, então começaram a trocar empurrões. O juiz expulsou Díaz, do Tigre, e o são-paulino Paulo Miranda.
Tudo parecia contornado, mas houve um novo corre-corre nos vestiários. Alegando que policiais militares sacaram revólveres, o Tigre decidiu não voltar ao campo. Os são-paulinos, por sua vez, subiram normalmente, assim como o trio de arbitragem. Passados minutos de indecisão e discussão entre os delegados, a Conmebol decretou o São Paulo campeão invicto da competição.
A campanha termina com cinco vitórias e cinco empates e encerra jejum de quatro anos sem título do clube tricolor, que havia sido campeão pela última vez no Campeonato Brasileiro de 2008.
Antes das finais, o São Paulo era favorito absoluto diante de um adversário com elenco modesto e que chegava a uma decisão continental pela primeira vez na história. Mas se tratava, antes de tudo, de um duelo entre brasileiros e argentinos, uma das maiores rivalidades do futebol mundial e que equilibraria bastante as forças nos primeiros 90 minutos.
Em La Bombonera, a catimba resultou na expulsão de Luis Fabiano. Artilheiro são-paulino no ano, o centroavante recebeu cartão vermelho por tentar revidar agressão do zagueiro Donatti, que lhe acertou um soco no braço e também deixou sua equipe com um jogador a menos nos minutos iniciais. Com dez de cada lado, prevaleceu a marcação forte e, às vezes, desleal dos mandantes.
Na volta, a polêmica começou na véspera, pois, por conta do ruim estado do gramado em virtude da realização de dois shows da cantora norte-americana Madonna, o São Paulo impediu o Tigre de reconhecer o Morumbi. No dia da partida, a tensão aumentou. Após ter o ônibus apedrejado na chegada ao estádio, a equipe argentina precisou enfrentar seguranças para aquecer em campo.
Quando o árbitro chileno Enrique Osses apitou pela primeira vez, o São Paulo mostrou que iria controlar o jogo. O único susto foi aos 14 minutos. Jogador mais agudo e valorizado do Tigre, Botta limpou a marcação do volante Wellington na esquerda da grande área e chutou rasteiro. Mas o goleiro Rogério Ceni se agachou e fez a defesa no canto direito baixo.
Aos poucos, o São Paulo foi amansando o adversário e amadurecendo o gol. Até que, aos 22 minutos, Willian José, substituto de Luis Fabiano, recebeu passe na área, fintou o zagueiro e atrasou para Jadson. O meia não alcançou, mas a sobra ficou com Lucas. O camisa 7 adiantou a bola e chutou cruzado, de pé esquerdo, para vazar o goleiro Albil, até então preocupado em fazer cera.
Cinco minutos mais tarde, o São Paulo se valeu de novo de seu veneno mais letal: a habilidade e a velocidade de Lucas. O meia-atacante fez boa jogada na intermediária e passou para Osvaldo nas costas da defesa. Em posição duvidosa, o atacante continuou a jogada normalmente e tocou a bola por cima de Albil para ampliar a vantagem e levar a torcida a gritar “o campeão voltou”.
Ao verem a tática de retranca cair, a violência demonstrada pelo Tigre em Buenos Aires voltou à tona. Aos 37 minutos, Lucas levou uma cotovelada de Orban e caiu no gramado, com o nariz sangrando. O juiz, que no começo tinha boa atuação, deixou o jogo correr, irritando Rogério Ceni. Por reclamação, o capitão são-paulino recebeu cartão amarelo. A torcida, enquanto isso, já fazia festa na arquibancada e gritava "olé".
No fim do primeiro tempo, Lucas mostrou a Orban o algodão ensanguentado que usava no nariz. Imediatamente foi criada uma confusão, com troca de empurrões entre jogadores dos dois times, inclusive os reservas. A polícia interveio, e os argentinos alegaram falta de segurança para continuar a partida. Eles então se trocaram e abandonaram a partida, decretando o São Paulo campeão.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Catimbado! Com Fabuloso expulso, São Paulo empata com o Tigre

Ele sabia que haveria provocação. Embarcou para Buenos Aires se dizendo tranquilo e preparado para enfrentar os zagueiros argentinos. Mas não foi bem isso que pudemos ver de Luis Fabiano no empate sem gols entre Tigre e São Paulo, na Bombonera, no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.
Após uma confusão entre atletas das duas equipes, o (nervoso) camisa 9 são-paulino deu um chute em um defensor adversário e, de forma extremamente infantil, deixou o gramado expulso, prejudicando o Tricolor, que fazia um bom princípio de partida. A definição do campeão do torneio continental fica para a próxima quarta-feira, no Morumbi.
Bom início, mas jogado no lixo
O São Paulo iniciou a partida bem e criando oportunidades, com a maioria das jogadas passando pelos pés de Jadson. Logo a um minuto de jogo, Lucas e Luis Fabiano tabelaram e o camisa 7 finalizou. Porém, o chute saiu fraco, nas mãos de Albil.
Três minutos depois, nova chance para o Tricolor. Jadson recebeu do lado direito do gramado e, com um belo passe, serviu Fabuloso, que bateu fraco em cima do goleiro. E esta seria a última participação de Fabuloso na partida.
Nervoso, o centroavante se envolveu em uma confusão após uma falta de Lucas em Orban, no lado esquerdo do campo. Jogadores do Tigre e do Tricolor se juntaram na intermediária e começaram a discutir. Justamente quando o árbitro paraguaio Antonio Arias chegou para separar os atletas, o camisa 9 são-paulino acertou um chute no zagueiro Donatti, que caiu no gramado.
Ao ver a agressão, que ocorreu bem à sua frente, Arias chamou Luis Fabiano e o expulsou, junto do defensor argentino, que também participou da confusão. Ney Franco, sem atacantes de ofício no banco - cortou Willian José e Ademilson -, não mexeu na formação do time.
Assim, o Tricolor perdeu sua referência na frente, dificultando as ações ofensivas da equipe que, até então, fazia um bom jogo na Bombonera. Lucas e Osvaldo, abertos pelos flancos, bem que tentaram centralizar algumas jogadas para tentar chegar ao gol de Albil, mas sem efeito.
Na volta para a etapa complementar, o São Paulo retornou sem alterações. E o bom início de partida no primeiro tempo, desta vez, não foi repetido e, inclusive, mudou de lado. Com uma leve pressão, os argentinos tentaram chegar ao gol em seu ponto forte: pelo alto. Contudo, ligada, a zaga são-paulina não deu brechas e afastou o perigo.
Aos 16 minutos, Ney Franco colocou Cícero em campo para a equipe voltar a ter um (falso) centroavante, a referência na frente. No entato, o comandante são-paulino sacou Jadson, que fazia uma boa partida.
Assim, sem seu articulador de jogadas, o Tricolor ficou com um buraco entre a linha dos dois volantes e o trio de ataque. Lucas e Osvaldo, cansados em razão da perda de um atleta, tinham que voltar ainda mais para buscar as jogadas e, sem força, não conseguiam chegar pelas pontas com a intensidade habitual.
Na luta pela vitória em casa, o Tigre seguiu insistindo - sem sucesso - na bola alçada na área, buscando especialmente os cabeceios de Maggiolo, seu centroavante, e do zagueiro grandalhão Echeverría.
Na próxima quarta-feira, as duas equipes disputam o jogo decisivo da Sul-Americana, no Morumbi. Qualquer empate leva a partida para a prorrogação e, se persistir a igualdade no placar, disputa de pênaltis para definir o grande campeão.
FICHA TÉCNICA
TIGRE (ARG) 0 X 0 SÃO PAULO
Estádio: La Bombonera, em Buenos Aires (ARG)
Data/hora: 5/12/2012, às 21h50
Árbitro: Antonio Arias (PAR)
Assistentes: Rodney Aquino (PAR) e Dario Gaona (PAR)
Renda/público: não disponíveis
Cartões amarelos: Rafael Toloi, Rhodolfo e Denilson (SAO); Botta e Paparatto (TIG)
Cartões vermelhos: Luis Fabiano (SAO) e Donatti (TIG)
TIGRE (ARG): Albil; Paparatto, Etcheverría, Donatti, Orban; Galmarini, Ferreira, Díaz, Leone, Botta (Torassa 42'/2T) e Maggiolo (Ftacla 33'/2T) . Técnico: Néstor Raúl Gorosito.
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo, Cortez, Wellington, Denilson, Jadson (Cícero 16'/2T), Lucas, Osvaldo, Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Torcida do São Paulo esgota ingressos para final

Todos os bilhetes foram vendidos pelo sistema online e não haverá bilheteria
Estadão Conteúdo


Morumbi_arquibancada

Morumbi receberá a segunda partida da final da Copa Sul-Americana

Depois de passar por muitos apuros, os são-paulinos esgotaram os ingressos para a partida de volta da final da Copa Sul-Americana, quarta-feira da semana que vem, no Morumbi. De acordo com o clube, todas as entradas foram vendidas pelo sistema online do clube e não haverá comercialização nas bilheterias.
Toda a venda, pelo site do Total Acesso, foi confusa. Os ingressos deveriam estar disponíveis no domingo à noite, mas o site tratava durante o processo de compra, seguindo assim por toda a madrugada.
No início da manhã o site voltou a funcionar, mas ainda com diversos problemas. A cada atualização mudavam os setores disponíveis para compra de ingressos. Entradas tidas como esgotadas apareciam minutos depois como ainda existentes. Além disso, o site continuou travando muitas vezes na finalização da compra.
Agora a confirmação da venda total da carga de ingressos veio pelo Twitter oficial do São Paulo. Como todas as entradas já foram comercializadas, não haverá venda na bilheteria, prevista para começar no dia 9 de dezembro. O clube, porém, destaca que o torcedor ainda pode comprar camarotes de parceiros.
Ainda pelo Twitter, o São Paulo lamentou os problemas apresentados pela venda online. "Acompanhamos os problemas e estamos trabalhando para que a venda de ingressos do São Paulo seja cada vez melhor. Obrigado a todos", escreveu o clube.
A segunda partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Tigre (Argentina), será no próximo dia 12. Nesta quarta, o jogo de ida acontecerá na Bombonera, casa do Boca Juniors, porque o estádio do Tigre não comporta a exigência de pelo menos 40 mil torcedores, como exige a Conmebol.