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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

'Caso Romário' faz Eurico Miranda atacar atual diretoria do Vasco


Na última quarta-feira, estourou a notícia de que Romário havia ganhado a causa levada à Justiça Trabalhista em relação aos R$ 58 milhões devidos pelo Vasco da Gama. Em entrevista à Rádio Tupi, Eurico Miranda, ex-presidente do clube, revelou detalhes sobre as negociações da dívida com o Baixinho e acusou veementemente a atual gestão do time carioca, comandada por seu desafeto, Roberto Dinamite.
“Deixaram que uma dívida que era na época de R$ 14 milhões, ou com alguma correção ou outra de R$ 15 milhões, virar hoje R$ 58 milhões. Nós temos aí a história do mau pagador: eles alegam que não têm documento, aí os advogados apresentaram os documentos, e agora começaram a duvidar das assinaturas. Isso é negócio de mau pagador, o cara que não quer pagar. Essa administração está cometendo um crime de lesa-Vasco, porque como escapar não tem. O prejuízo que deram ao clube não tem reparação”, disparou.
Como consequência da decisão da justiça, o Vasco será obrigado a repassar 5% do valor de possíveis negociações que envolvam o zagueiro Dedé, os volantes Fellipe Bastos e Nilton e o atacante Éder Luís. Cotas pagas pelo patrocinador master do clube também serão utilizadas para quitar a dívida. Segundo o ex-mandatário, o problema poderia ter sido evitado.
“O balanço foi aprovado no final de 2008 e a dívida reconhecida. O conselho se reuniu e, em 2009, tiraram do balanço na caneta essa e outras dívidas. As que eles acharam que não deviam pagar, tiraram na caneta, como se pudessem fazer isso”, denunciou.
Eurico também aproveitou para explicar como a dívida havia sido negociada com o Baixinho. “Ficou acertado que a dívida, que era de R$ 22,5 milhões, seria paga com correção de juros pequenos, em 150 parcelas. As parcelas seriam pagas todo mês com o valor proveniente dos direitos de TV, no Clube dos 13, assumindo o compromisso de descontar todos os meses. Foi sendo assim até junho de 2008, quando saí da administração do clube. A primeira coisa que fizeram quando assumiram foi enviar um expediente para o Clube dos 13 para não descontar mais”, revelou.
Apesar de Dinamite argumentar que não teria documentos registrando a dívida, Eurico afirmou que o balanço vascaíno de 2004 a 2008. “Esses balanços não são fabricados na esquina. Quando essa administração assumiu, no ano de 2008, quando fizeram só seis meses, publicou o balanço e foi aprovado. O Romário peitou por diversas vezes para se fazer um acordo, mas eles empurraram, as pessoas fingem desconhecer. Pior, foi insinuado que isso foi um negócio, como se fosse uma fraude. Chegaram a insinuar que o acordo visava a beneficiar a mim, que estaria levando algum nisso. Mas como se forja uma dívida dessa?”, indagou.

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